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Low Code: Relatos de produtividade

Olá. Finalmente chegamos nesse último degrau antes do nosso encontro final pra conversarmos sobre a produtividade no ambiente low-code. O meu objetivo hoje é compartilhar alguns resultados sobre produtividade expressas em termos da taxa de entrega em horas por ponto de função. Para isso, a gente vai continuar a utilizar como referência o esquema de classificação do desenvolvimento low-code conforme as zonas do Gartner.

Bem vamos começar pela zona segura na qual se verifica um produtividades na ordem de 1 hora por ponto de função. Ainda nessa zona segura, a gente verifica que há um ônus para os primeiros desenvolvimentos. E isso praticamente dobra a taxa de entrega ou reduz a produtividade em 50%, ou seja, a produtividade fica na casa das 2 horas por ponto de função. Mas trata-se na verdade do investimento em escalar uma curva de aprendizado pelo que pudemos observar. É importante lembrar de tudo que falamos nos degraus anteriores e levar em consideração o escopo de atividades, as necessidades de comunicação e o perfil do tipo de aplicação em que se permite enquadrar determinado desenvolvimento na zona segura.

Quanto a segunda zona, a chamada zona suportada, o nosso estudo considerou um cenário de desenvolvimento contratado. Ou seja, não se trata de um desenvolvimento com equipes internas e com menores exigências de governança e transparência no que se refere aos resultados e aos investimentos associados ao desenvolvimento. Nesse contexto, encontramos referência de produtividade entre 5 e 6 horas por ponto de função. Uma consideração digna de nota é a mudança no percentual de esforço investido em cada tipo de atividade. Proporcionalmente ao esforço naquelas atividades mais próximas à implementação, como a codificação e testes unitários, os testes de sistema e remoção de defeitos, o esforço nas demais atividades aumentou. O que é razoável, porque o maior benefício da tecnologia low-code está exatamente nessas atividades mais próximas à implementação.

Eu queria comentar, que a gente não explorou sistematicamente o desenvolvimento low-code na chamada zona de perigo. Mas tivemos contato com o casos de desenvolvimento nessa situação. E o que acabamos verificando foram problemas nesses desenvolvimentos por se assumir uma produtividade superior àquela que efetivamente se verificaria. Eu não saberia dizer se o baixo nível de produtividade observado se manteria caso originalmente o desenvolvimento tivesse a quantidade de recursos adequada reservada. Ainda assim, posso comentar, que o nível de produtividade observado nesses casos estava muito próximo do desenvolvimento quando não se utiliza uma ferramenta low-code e nos casos que nós observamos se encontrava entre 10 e 12 horas por ponto de função.

Bem. Agradeço a sua atenção e conta com sua participação no evento, quando teremos oportunidade de trocar ideias de uma maneira mais interativa do que apenas pelos comentários. Tchau.